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7 de fev. de 2012

Ecumenismo: o problema crucial

"A coerência do compromisso ecumênico com o ensinamento do Concílio Vaticano II e com toda a Tradição foi um dos âmbitos ao qual a Congregação [para a Doutrina da Fé], em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sempre prestou atenção. (...) devemos reconhecer também que o risco de um falso irenismo e de um indiferentismo, totalmente alheio à mentalidade do Concílio Vaticano II, exige a nossa vigilância. (...) Sem a fé todo o movimento ecumênico se reduziria a uma forma de «contrato social» ao qual aderir por um interesse comum, uma «praxiologia» para criar um mundo melhor. A lógica do Concílio Vaticano II é completamente diversa: a busca sincera da plena unidade de todos os cristãos é um dinamismo animado pela Palavra de Deus, pela Verdade divina que nos fala nesta Palavra.

31 de jan. de 2012

Nossa expectativa pela unidade visível da Igreja deve ser paciente e confiante

"Mesmo experimentando nos nossos dias a situação dolorosa da divisão, nós cristãos podemos e devemos olhar para o futuro com esperança, enquanto a vitória de Cristo significa a superação de tudo o que nos impede de compartilhar a plenitude de vida com Ele e com o próximo. A ressurreição de Jesus Cristo confirma que a bondade de Deus vence o mal, o amor supera a morte. Ele acompanha-nos na luta contra a força destruidora do pecado que prejudica a humanidade e toda a criação de Deus. A presença de Cristo ressuscitado exorta todos nós, cristãos, a agir juntos na causa do bem. Unidos em Cristo, somos chamados a compartilhar a sua missão, que consiste em levar a esperança onde predominam a injustiça, o ódio e o desespero. As nossas divisões tornam menos luminoso o nosso testemunho de Cristo. A meta da unidade plena, que aguardamos em esperança diligente, e pela qual oramos com confiança, é uma vitória não secundária, mas importante para o bem da família humana.

Na cultura hoje predominante, a ideia de vitória anda muitas vezes associada a um sucesso imediato. Na perspectiva cristã, ao contrário, a vitória é um longo e, aos nossos olhos, nem sempre linear processo de transformação e de crescimento no bem. Ela verifica-se segundo os tempos de Deus, não segundo os nossos, e exige de nós fé profunda e perseverança paciente. Embora o Reino de Deus tenha irrompido definitivamente na história com a Ressurreição de Jesus, ele ainda não se cumpriu plenamente. A vitória final terá lugar com a segunda vinda do Senhor, que nós aguardamos com esperança paciente. Também a nossa expectativa pela unidade visível da Igreja deve ser paciente e confiante. Só em tal disposição encontram o seu significado completo a nossa oração e o nosso compromisso quotidiano em prol da unidade dos cristãos. A atitude de expectativa paciente não significa passividade nem resignação, mas resposta pronta e atenta a cada possibilidade de comunhão e fraternidade, que o Senhor nos concede."

Trecho da homilia do Papa Bento XVI proferida na Festa da Conversão de São Paulo Apóstolo - Celebração das Vésperas (25/01/2012).

30 de jan. de 2012

Para que todos sejam realmente um só

"A unidade dos cristãos, por um lado, é uma realidade secreta que está no coração das pessoas crentes. Mas, ao mesmo tempo, ela deve aparecer com toda a clareza na história, deve aparecer para que o mundo creia, tem uma finalidade muito prática e concreta, deve aparecer para que todos sejam realmente um só. A unidade dos discípulos futuros, sendo unidade com Jesus — que o Pai enviou ao mundo — é também a fonte originária da eficácia da missão cristã no mundo."

Catequese do Papa Bento XVI. Audiência Geral, 25/01/2012 - fragmento.

25 de jan. de 2012

Unidade plena e visível: uma dádiva de Deus

"A nossa aspiração à unidade plena e visível entre os cristãos exige uma espera paciente e confiante, não com espírito de desamparo ou de passividade, mas com a profunda confiança de que a unidade entre todos os cristãos na única Igreja é verdadeiramente uma dádiva de Deus, e não uma nossa conquista. Esta expectativa paciente, com esperança devota, transforma-nos e prepara-nos para a unidade visível, não segundo os nossos planos, mas como Deus no-la concede."

Discurso do Papa Bento XVI à uma Delegação Ecumênica da Igreja Luterana (19/01/2012) - fragmento.